quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Saudades...

Sinto saudades...saudades do meu bom tempo de criança, de quando brincava e vivia uma brincadeira. Tenho saudades, e muita, de quando eu era inocente, de quando eu via as coisas com olhos de um ser puro, de não se preocupar com o mundo amedrontador, saudades, tenho eu de um tempo que passou. Passou e não volta mais.

Queria poder reviver cada momento daquele, cada brincadeira, amizades, viagens...aah, que saudade do tempo que eu ia pra o sítio da família e lá, com os primos, desbravar aquele sítio com atividades simples, mas que toda pessoa no mundo, deveria fazer. Tempo bom! Brincávamos nós de todos os tipos de brincadeiras e voltávamos cheios de fome para comer a boa e velha comida regional de nossa estimada vó.

Saudades de quem já se foi e deixou ensinamentos e um vazio no meu coração. Saudades de tudo o que aprendi com olhar de menino. Saudades de quando aprendi a 'bater palmas no ritmo' no estádio de futebol com meu pai, saudades de jogar bola até a hora de ir pra aula, com meus irmãos, saudades de quando ainda bebê, ia dormir com as cantigas da bela voz de minha mãe. Saudades dos meus sonhos de criança (os sonhos da noite e os de futuro), saudades das festividades com a família toda feliz.

Mas o que mais me espanta, é a saudade do que ainda não vivi, a saudade do que não tive, do que nunca terei. Saudade de algo que eu nem sei o que é, mas sinto saudades. Saudades das coisas simples que ficaram pra trás, com essa sociedade individualista e monótona.

Triste estou, vendo a nova geração se perder na modernidade e nem sequer saber do que realmente é bom e prazeroso. Por ver que as crianças não tem uma verdadeira infância, por vê-las a se perder no abismo da atualidade egocêntrica.

Por isso, vivo na saudade, na boa saudade, na boa lembrança. Saudades...aah como é bom a minha saudade!